sábado, 6 de setembro de 2014

Epílogo a Finisterra e Muxia | 3 Dias - 235 km | Finisterra, Muxia, Dumbria


78.40 Km
10.08 | T. deslocação 05:40:35 |Vel. Média 13,0 Km/h |Vel. Máxima 67,2 Km/h




Depois de arrumar todos os pertences e tratar da manutenção da bicicleta, rotina habitual nestas andanças, a preocupação seguinte é tomar um revigorante pequeno-almoço para dar início à jornada.  
   

O tempo estava incerto mas nada fazia prever o verdadeiro dilúvio que decorreu incessantemente durante toda a manhã. Enquanto tomávamos o pequeno-almoço começou a chover copiosamente. Aproveitamos para vestir os impermeáveis e vestir mais roupa. A chuva não parecia querer desistir. Estava aqui o resquício da tal “tormenta” do dia anterior que aparentemente passou mais a Norte da nosso percurso. Reposta a energia e vestidos a rigor lá partimos em direção ao Farol de Finisterra.


 
A distância até ao Farol é reduzida, cerca de 3 km, mas com uma subida até aos 143m e com a chuva a persistir, não é uma forma muito divertida de dar início ao caminho. Mas estas coisas são mesmo assim.




Lá em cima no Farol estava muito vento, muito nevoeiro e alguma chuva. Portanto condições perfeitas ... para ficar por lá pouco tempo! Existe por aqui, supostamente um ritual que consiste na devolução ao mar da vieira (concha) utilizada durante o caminho, queimar a roupa de peregrino e dar um mergulho no mar, e depois ver o pôr-do-sol e assim retornar ao mundo renascido. Como ainda era de manhã e cedo, preferimos passar este ritual à frente. Fica para uma próxima vez, até porque molhadinhos já nós estávamos e Sol nem vê-lo!


De volta a Finisterra aproveitamos a ocasião para pedir a Finesterrana que é um certificado emitido perante a apresentação da credencial carimbada e prosseguimos caminho para Muxia e voltava outra vez a chover.
O caminho até Muxia só teve uma constante que foi a chuva. Choveu sempre nessa manhã. Ainda são alguns quilómetros até Muxia. Chegamos à hora do almoço e estávamos completamente encharcados.



Depois do almoço, fomos pedir a Muxiana. Semelhante à Finesterrana mas com o nome local. 
  

Parava finalmente de chover. Fomos conhecer Muxia.


O Santuário de La Virgen de la Barca encontra-se em reconstrução depois de ter sofrido um incêndio recente, no dia de Natal de 2013 depois de ter sido atingido por um raio. Encontra-se situado na parte mais Norte de Muxia e orientado a Poente tal como a Catedral de Compostela.




Monumento muito interessante da autoria do Escultor Alberto Bañuelos inaugurado em 2003 que tem o nome de “A ferida” localizado perto do Santuario da la Virgen de la Barca é dedicado aos voluntários que durante meses limparam o derrame de crude das praias da “Costa da Morte” proveniente do acidente que ocorreu com o petroleiro Prestige.

Muxia é um cabo que faz a separação entre a Ria das Camarinas e o Oceano.


Prosseguimos viagem. Foi com alguma surpresa que descobrimos que o caminho de volta até Santiago não se encontrava marcado.


Nunca nos tínhamos deparado com falta de marcação e como não foi fácil detetar o caminho prosseguindo em sentido inverso fomos utilizando também a "carretera" até Dumbria.

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