terça-feira, 11 de setembro de 2012

Caminho Francês | Etapa 6 | Mansilla de las Mulas a Rabanal del Camino

93,34 Km
26.07 | T. de deslocação 06:12:09 | Vel. Média 15,0 Km/h | Vel. Máxima 49,3 Km/h





Dada a proximidade, a chegada a Leon deu-se em pouco tempo.




Leon é a capital da província com o mesmo nome é uma cidade com quase 140.000 habitantes e pertence à comunidade autónoma de Castela e Leão.
 
A catedral de Leon, de estilo Gótico teve o início da sua construção em 1255 e tem uma impressionante média de 400.000 visitas ao ano.

Fachada Oeste da catedral.

Pormenor da rosácea, fachada Oeste.

Plaza de Regla, ou como é mais conhecida Praça da Catedral convertida em pedonal desde 1998.
Depois de Leon o caminho cruza algumas pequenas povoações. Villar de Mazarife na foto.
Villavante, outra pequena povoação e a fachada da Igreja em estilo Mudéjar. São exemplos de construções cristãs que mantiveram as características técnicas, formais e estéticas típicas da arte islâmica.


O fim da planície estava para breve. Depois de Astorga seria sempre a subir até à Cruz de Ferro. 

Retas sem fim à vista por estes lados. Muitos dos peregrinos que fazem o caminho a pé referem que estas retas são para eles a parte pior do percurso. Passa-se muito tempo sem sombra, sem água e sem qualquer tipo de apoio e ainda por cima a dada altura a reta parece não ter fim.

Hospital de Órbigo é uma pequena povoação e a sua do ponte “La Puente del Passo Honroso” do Séc. XIII, é tida como uma das mais antigas da província de Leon. Teve recentemente consideráveis obras de conservação.


O caminho continua pela ponte, atualmente reservada a travessias pedonais.

Imagens curiosas.
Prosseguindo caminho.


Astorga ou Asturica Augusta é uma cidade com cerca de 12.000 habitantes mas com uma importante herança histórica. A cidade teve origem num acampamento militar romano em finais do Séc. I a.C. e possui além da muralha muitos outros vestígios romanos.

Astorga é também o ponto de confluência da Rota de la Plata, que é o caminho proveniente do Sul de Espanha desde Sevilha e orientada para Norte com um desenvolvimento sensivelmente paralelo à linha de fronteira entre Portugal e Espanha e foi utilizado na Idade Média por exércitos Árabes e Cristãos.
 
Junto ao convento de Los Padres Redendoristas encontra-se a Domus del Mosaico del Oso y los Pájaros, datada do fim do Séc. I d.C. era uma casa da época dos romanos e aí foram encontrados interessantes mosaicos. Com uma planta atualmente conhecida, a casa apresentava uma distribuição à volta de um pátio central.
A catedral de Astorga teve início de construção em 1471 e as obras prolongaram-se até ao Sec. XVIII permitindo o cruzamento de vários estilos arquitectónicos.

A catedral teve um início de construção segundo o estilo Gótico mas a fachada e a torre são já de estilo Barroco.
 

Próximo da Catedral, está localizado o Palácio Episcopal, projectado por Gaudi e construído entre 1889 e 1915.  O pórtico na entrada apresenta três grandes arcos abobadados e existem quatro torres cilíndricas que ladeiam o edifício.  
Depois de termos saído de Astorga a temperatura baixou e começou a chover. Sem possibilidade de abrigo, vestimos os impermeáveis e prosseguimos caminho. Já sabíamos que a partir daqui, seria sempre a subir até à Cruz de Ferro.
 

Depois da saída de Astorga, a localidade mais próxima foi Santa Catalina de Somoza. Estes quilómetros foram feitos sempre em contínua ascensão.

Estes quilómetros foram feitos sempre em contínua ascensão.
 

O bar cowboy em El Ganso, talvez pelo seu nome inédito, é já uma referência do caminho.

A subida continuava. Alguma chuva, vento muito forte e temperaturas baixas marcaram presença na subida. Com as condições a piorarem substancialmente, o terreno a ficar muito enlameado a juntar ao aproximar do fim da tarde, decidimos não arriscar fazer mais quilómetros e acabar a etapa em Rabanal del Camino.
 


Estava mau tempo em Rabanal del Camino, frio, chuva e vento, parecia Inverno.

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