terça-feira, 11 de setembro de 2012

Caminho Francês | Etapa 1 – Tarde | Saint Jean Pied Port a Zubiri


54.91 Km
21.07 | T. deslocação 04:06:47 |Vel. Média 13,3 Km/h |Vel. Máxima 44,4 Km/h


O objetivo deste relato é apenas fornecer uma visão geral sobre o Caminho Francês e uma referência sobre as etapas que foram realizadas.
As vias principais do Caminho de Santiago foram declaradas Primeiro Itinerário Cultural Europeu (1987) pelo Concelho da Europa, Património da Humanidade pela Unesco, traçado ao longo de Espanha (1993) e França (1998) e Prémio Príncipe das Astúrias da Concórdia (2004).
Existem vários caminhos, mas este caminho, o Francês, reveste-se de algumas particularidades que o tornam especial. Desde logo a distância, os cerca de 800 km, colocam-no logo numa categoria própria e depois também a imensa altimetria a vencer que acaba por se traduzir num duro teste à condição física e não só, de cada um.  Este caminho tornou-se ainda mais famoso através do filme “The way” de 2010, sobre a viagem no caminho francês de um grupo de peregrinos. Julgo que se deve a esse filme a razão pela qual se encontraram tantos americanos pelo percurso.
Em Saint Jean Pied de Port e depois de obtida a credencial e de uma visita de reconhecimento, fomos almoçar. A partida deu-se no início da tarde por volta das 15h30.
 






O objetivo, dado a adiantado do hora era chegar a Zubiri. A paisagem é exuberante e talvez devido ao fato de serem os primeiros quilómetros, a subida não foi tão difícil quanto havíamos imaginado.



Estava frio e vento lá em cima, mas tal fato, pelo que nos tinham dito é normal mesmo no Verão. 
Depois seguiu-se a descida até Roncesvalles, cerca de 5 km, sempre a descer, num desnível de cerca de 500 m, descida fabulosa, por entre os frondosos bosques pirenaicos.
 




Pouco depois de Roncesvalles perdemo-nos, um engano que aumentou mais 8 km à nossa etapa. Esta área está mal marcada. A amplitude visual é uma das características mais marcantes deste início do caminho. 





Continuando em direção a Zubiri, deparámo-nos com sumptuosos bosques de carvalhos e de coníferas.
  




Parecia ser fácil esta parte do caminho, mas pouco depois deu lugar a subidas e descidas por percursos muito tortuosos, muito técnicos, sobre uma orografia muito acidentada. A última descida até Zubiri, depois do alto do Erro é particularmente violenta e chegámos ao destino com uma enorme vontade de fazer descansar os pulsos e os músculos dos antebraços, tão mal tratados que tinham sido nos últimos quilómetros. 

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